A anemia falciforme é uma doença hematológica e hereditária, adquirida
através dos genes alterados de pai e mãe. Essa alteração causa uma deformação
nos glóbulos vermelhos deixando-os em formato de foice (por isso o nome
falciforme) e enrijecidos, ocasionando o bloqueio da passagem de sangue pelos
vasos, e o transporte de oxigênio para os tecidos.
O diagnóstico da anemia falciforme se dá através do
teste do pezinho realizado em recém-nascidos, e pelo exame eletroforese de
hemoglobina.Um exame muito importante durante o pré-natal, pois mesmo que o
indivíduo não possua a doença, ele pode apresentar traços
falciformes, que podem manifestar-se em seus descendentes.
Os sintomas mais comuns deste tipo de anemia são:
• Crise de dor: Por conta da má oxigenação, gerando dor nas
articulações, ossos e músculos, principalmente em períodos menstruais e tempo
frio.
• Síndrome mão-pé: Se dá pela dificuldade do sangue em chegar nas
extremidades, causando inchaço de pés e mãos.
• Icterícia: Devido ao rompimento dos glóbulos vermelhos, que liberam um
pigmento amarelo no sangue, chamado bilirrubina, que faz com que a pele e o
branco dos olhos fiquem amarelos.
• Aumento do baço: Por ser o órgão que filtra o sangue, pode acabar
acumulando-o, e impedindo que chegue em órgãos como cérebro e coração, podendo
levar a morte.
• Maior chance de adquirir infecções: Devido ao dano causado no baço,
que ajuda a combater infecções.
O tratamento é realizado pelo uso de medicamentos e
o acompanhamento com uma equipe de profissionais, formada por: médicos,
enfermeiras, assistentes sociais, oftalmologistas, dentistas, nutricionistas e
psicólogos. Em alguns casos pode ser necessária a transfusão sanguínea.
Apesar de ser uma opção pouco viável devido à
dificuldade para encontrar doadores compatíveis, o transplante de medula óssea
vem a ser uma opção de cura da anemia falciforme. Mas na maior parte dos casos
apresentados, a doença não possui cura.